segunda-feira, 2 de novembro de 2009

NOVA VIDA...VIDA NOVA

Os resultados das Eleições Autárquicas do passado dia 11 de Outubro, no concelho de Estremoz, provocaram o surgimento de um novo quadro político no concelho, desde logo pela derrota de José Alberto Fateixa na eleição para a Câmara Municipal e pelo reaparecimento de Luís Mourinha na Presidência da Câmara, agora à frente de um Movimento de Independentes, depois de largos anos como autarca eleito pela CDU.E se alguns preferem enfatizar a surpresa pela vitória de Luís Mourinha, para outros dá mais que pensar a dimensão da derrota de José Alberto Fateixa bem como as razões que a ela conduziram.
Faça-se justiça a Luís Mourinha, que inteligentemente soube marcar, logo à partida, o jogo para o campo que mais lhe convinha, ao afirmar no seu discurso de candidatura que só havia dois candidatos à vitória para a Câmara: ele próprio e José Alberto Fateixa. Desta forma simples, personalizou a pré-campanha e a campanha, afastou a discussão sobre a sua prestação enquanto presidente da Câmara e diluiu o trabalho realizado nos últimos 4 anos pelo Executivo do PS.
E José Alberto Fateixa ao aceitar o repto de Mourinha cavou desde logo a sua própria derrota: personalizou a lista que encabeçou, centrou a campanha na sua pessoa, previligiou o "show-off" em detrimento da denúncia dos resultados da governação de Luís Mourinha e em detrimento da defesa dos sucessos obtidos em 4 anos, expressos no controlo e redução da dívida da Câmara a fornecedores (especialmente aos comerciantes locais), na modernização e qualificação dos serviços da autarquia, na execução de algumas obras há muito esperadas, no relançamento de Estremoz como Pólo Regional e no lançamento dos planos e programas conducentes à resolução dos gritantes atrasos do concelho nos campos do abastecimento de água e do saneamento,da reabilitação urbana e da qualidade de vida.
E assim, para os derrotados, o resultado destas eleições autárquicas é óbvio: o personalismo não vingou. E, por isso, há que reconhecer com humildade que o ciclo político iniciado em 2005 terminou e que é urgente abrir espaço para novas ideias, novas práticas, certamente com outros intervenientes.
As novas e complexas tarefas resultantes do novo quadro político do concelho assim o exigem.

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